Inovação agrícola é destaque na Expointer 2025

Iniciada em 30 de agosto, a 48ª Expointer segue até domingo no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil em Esteio. A feira, que recebeu mais de 250 mil visitantes no primeiro fim de semana, é uma vitrine da força do agronegócio brasileiro frente a seus desafios. Aliás, o IBGE projeta safra recorde de grãos em 2025, totalizando 327,6 milhões de toneladas. Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o setor já responde por 29,4% do PIB nacional.

No Rio Grande do Sul, apesar das perdas na soja e dos impactos climáticos, a agropecuária puxou a economia estadual, com alta de 27,3% no primeiro trimestre, de acordo com o Departamento de Economia e Estatística (DEE). Esse cenário de avanços e desafios reforça a importância da Expointer como espaço de troca entre produtores, indústria e instituições. Em entrevista, Anderson Strada, CEO da SLC Máquinas, empresa com matriz em Cruz Alta e 22 unidades de negócio no Rio Grande do Sul, compartilha sua visão sobre o setor e as inovações que a companhia apresenta na feira.

Como você avalia o momento atual do setor agrícola?

Vivemos um período desafiador, com instabilidades climáticas, pressão sobre custos e volatilidade de commodities. Ainda assim, os produtores demonstram resiliência, profissionalização e visão de longo prazo. Esse movimento reforça nosso papel como parceiros estratégicos: apoiamos clientes com tecnologia, serviços e proximidade, ajudando a transformar adversidades em oportunidades e a manter operações produtivas e sustentáveis.

Quais as perspectivas de negócios e tendências para 2025 e 2026?

O mercado passa por transformação, com produtores investindo em ecossistemas digitais que otimizam a operação. A agricultura de precisão, a conectividade e a automação impulsionam a demanda por gestão de dados e suporte remoto. A SLC Máquinas se prepara para entregar não só máquinas de última geração, mas também inteligência aplicada ao campo, que une tecnologia e rentabilidade.

Quais inovações tecnológicas destacam-se na feira?

O futuro está na convergência entre máquinas, conectividade e dados em tempo real. Nosso destaque é a colheitadeira S7, produzida em Horizontina (RS), equipada com JDLink™ Boost e conectividade via Starlink. Seu sistema de automação pode elevar em até 20% a eficiência e reduzir em até 10% as perdas na colheita. Também apresentamos nosso portfólio de Precision Upgrades, que leva tecnologia a máquinas em uso; uma linha completa de tratores; forrageira autopropelida e soluções de pós-venda; e uma linha de construção e pavimentação com equipamentos da John Deere e da Wirtgen.

Qual a importância da Expointer para o setor?

A feira é um dos maiores espaços de integração do agronegócio no país, promovendo diálogo entre produtores, indústria, pesquisadores e instituições. Essa troca acelera o desenvolvimento tecnológico, alinha soluções às necessidades reais e fortalece o setor como referência mundial em produtividade e sustentabilidade.

Como a SLC Máquinas vem se moldando ao cenário econômico e ao futuro do agronegócio?

Em 2024, iniciamos um plano de transformação baseado em uma análise aprofundada da nossa área de atuação. Esse movimento direcionou investimentos no desenvolvimento da equipe, na adequação estrutural e na evolução das metodologias de trabalho. Todo esse processo está alinhado ao planejamento estratégico 2025–2027, que tem como um dos pilares a reorganização da missão da empresa — “Oferecer soluções completas e inovadoras em máquinas, equipamentos e serviços comprometidos com o sucesso dos nossos clientes e o desenvolvimento sustentável do agronegócio e da sociedade”.

Sob essa diretriz, buscamos estar ainda mais preparados para responder às demandas atuais da agricultura, construção e pavimentação, garantindo que a SLC Máquinas siga como referência em tecnologia, proximidade com o cliente e geração de valor sustentável para o setor.

Compartilhe esse artigo