
Qual é a importância do transporte rodoviário para a indústria de ônibus — na logística, nas entregas e na mobilidade de pessoas?
O transporte rodoviário movimenta a economia: 65% das cargas e cerca de 95% dos passageiros. Na indústria de ônibus, a dependência é ainda maior. Toda a cadeia utiliza majoritariamente o modal rodoviário para receber insumos com agilidade e entregar veículos em todo o país. Nossos ônibus também conectam pessoas, regiões e atividades essenciais. Assim, o transporte rodoviário sustenta a operação da indústria e permite seu papel social e econômico.
O que aconteceria com a produção e entrega de ônibus se o transporte rodoviário fosse interrompido?
A interrupção causaria enormes prejuízos ao país, afetando abastecimento e mobilidade. Para a Marcopolo, significaria paralisação logística: falta de componentes, impacto na cadeia de fornecedores e impossibilidade de entregar veículos.
Qual é o papel das concessões e dos investimentos rodoviários na modernização do transporte e na competitividade da indústria?
Trabalhamos junto a entidades e governos para melhorar logística, reduzir custos e atrair investimentos. Vemos com otimismo projetos do Novo PAC e concessões. Atuamos em fóruns que discutem políticas públicas. Há espaço para repensar mobilidade, aumentar integração entre modais e fortalecer a infraestrutura diante de desafios operacionais e climáticos.
Como o senhor interpreta o selo no contexto da Marcopolo e de sua visão de mobilidade sustentável e humana?
O selo valoriza a vida e o papel essencial do transporte no desenvolvimento social e econômico. Reflete que transporte é inclusão, cuidado e sustentabilidade — princípios alinhados ao propósito da Marcopolo.
Como a Marcopolo pode contribuir para valorizar o transporte rodoviário como motor de desenvolvimento, inclusão e sustentabilidade?
A mobilidade do futuro exige soluções eficientes, acessíveis e sustentáveis. Por isso, investimos em veículos movidos a energia limpa — elétricos, híbridos, gás, biometano e hidrogênio. A pluralidade acelera a redução de emissões. Também atuamos em modais mais sustentáveis, como o metroferroviário, com a Marcopolo Rail.
Como a Marcopolo se prepara para a transição energética? Quais desafios e oportunidades surgem?
Estamos preparados para uma transição gradual, com investimentos em veículos movidos a energia limpa. Lançamos o Attivi Integral, elétrico, e o Volare Fly 10 GV, movido a GNV/biometano. Na COP30, apresentaremos o Torino híbrido. A transição exige infraestrutura e colaboração entre governos, empresas e sociedade.
*James Bellini – Presidente da Marcopolo S.A