Jorge Gerdau, 88 anos, fala sobre o segredo da longevidade

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“Daqui a 10 anos, eu quero fazer tudo o que faço hoje.” A frase foi dita por Jorge Johannpeter Gerdau, 88 anos, durante o Congresso do IBGC na semana passada, em São Paulo, ao ser questionado pela conselheira Deborah Wright sobre o segredo para ter uma vida longa e saudável.

Gerdau afirmou que repete esse mantra em todos os seus aniversários: “Daqui a 10 anos, eu quero fazer tudo o que faço hoje. Com a mesma energia, com o mesmo entusiasmo. Assim, eu vou tocando em frente.”

Mas este não é seu único segredo. Gerdau, bisneto do fundador do grupo que leva seu sobrenome, multinacional brasileira com operações em nove países e mais de 30 mil colaboradores, diz que também avalia constantemente o seu Índice de Utilidade. “Ainda sou útil?” é o que ele afirma se perguntar em todas as atividades em que se envolve. “Quando não estou sendo útil, descarto.”

O Índice de Utilidade é um conceito que ele apresenta na autobiografia A Busca (Citadel), lançada no ano passado, na qual escreve: “O Índice de Utilidade pode ser definido pela relação entre o valor de uma ação ou atitude e seus impactos em dimensões diferentes e complementares da nossa vida.”

Segundo ele, trata-se de um método eficiente para medir o sucesso, mas que também está relacionado com a busca da felicidade. “É fundamental analisar constantemente se as atividades que realizamos são úteis e contribuem para nossa felicidade, para a coletividade e para o futuro.”

Atualmente, Gerdau é presidente do conselho do Movimento Brasil Competitivo, fundado por ele em 2001, e para o qual, entendo, continua se considerando útil no combate ao custo Brasil, pela governança e pela transformação digital.

Jorge Gerdau afirma que o Índice de Utilidade aparece em três dimensões: a pessoal (satisfação pessoal, bem-estar espiritual e emocional derivados da atividade), a coletiva (impacto positivo na família, amigos e sociedade, entre outros) e a sustentável (impactos econômico, social, ambiental, político e cultural).

Nessa última, ele vai além: “Ser útil hoje só faz sentido se significar um compromisso com a perenidade de valores éticos e humanos”, diz. “Não se deve perder o prazer de ser útil. É peça-chave para a busca da felicidade.”

Parece estranho ouvir um dos empresários mais importantes do país falar em espiritualidade e busca da felicidade nas mesmas frases em que revela sua constante busca pela excelência. Mas já sabemos que não estamos diante de uma pessoa que passa pela vida sem deixar sua marca.

O Gerdau que aparece na capa do seu livro sorrindo e segurando uma prancha de surf e o que respondeu a perguntas no palco do IBGC fala de coisas que precisamos ouvir, como a necessidade de melhorar sempre, mas não a qualquer custo.

Ele fala de valores e princípios como respeito (“É o caminho para a construção de um futuro melhor”), austeridade (“Tem a ver com disciplina, e não com privação”), fé (“É com a fé que alcançamos os nossos propósitos”) e humildade (“Quem se acha um gênio ou superior perde a capacidade de aprender”).

O que Jorge Gerdau nos mostra é que, no fim das contas, viver bem é muito mais do que simplesmente fazer acontecer. É sobre continuar sendo útil, olhando para o futuro com valores e humildade. Esse jeito de encarar as coisas é o que faz a diferença para a gente seguir em frente com energia, entusiasmo e felicidade, não importa a idade.

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