Maringá vai acelerar descarbonização da construção com madeira engenheirada

A prefeitura de Maringá está adotando uma política de carbono neutro ou zero em obras públicas. O projeto foi formulado em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Federação da Indústria do Paraná (FIEP) e terá como primeiro empreendimento a nova sede do Corpo de Bombeiros municipal, com dois mil metros quadrados, que será erguida com madeira engenheirada. O anúncio foi feito pelo prefeito de Maringá, Sílvio Barros, durante reunião híbrida do Conselho de Administração da CBIC realizada na cidade, na tarde dessa quinta-feira (23/10).

“Estamos trabalhando em ações relevantes para o setor”, afirmou Meira, relatando um conjunto de iniciativas destinadas a acelerar a descarbonização e reduzir resistências ou desconfiança da população frente à inovação. A reunião do colegiado abriu ampla agenda da CBIC no Paraná, que inclui reuniões de suas comissões da Indústria Imobiliária (CII) e de Habitação de Interesse Social (CHIS). A programação, preparada em parceria com o Sinduscon-PR/Noroeste e o Seconci-PR/Noroeste, estende-se até a sexta-feira e inclui painéis do Conecti 2025 e a cerimônia de entrega do Prêmio Sinduscon 2025, eventos organizados pela entidade associada.

“O Sinduscon atua em parceria com a prefeitura para termos uma cidade planejada e que desfrute de crescimento”, afirmou Marcos Mauro Pena, vice-presidente da CBIC para a Região Sul. “Maringá e um parque arquitetônico, que tem avançado nos últimos anos com crescimento significativo”, acrescentou. “Somos apaixonados por essa cidade, temos muito orgulho”, comentou Rogério Yabiku, presidente do Sinduscon-PR/Noroeste, ao dar boas-vindas aos participantes. “Maringá é uma cidade de interior, mas tem um ar de crescimento, de estar sempre à frente”, pontuou.

Durante sua apresentação, o prefeito de Maringá destacou que assim como o município, o governo do Paraná também elegeu a descarbonização como prioridade. Segundo Sílvio Meira, isso significará o aporte de mais de R$ 100 milhões em obras carbono neutro ou zero a partir de 2026. “A construção carbono negativo ainda é mais cara que a convencional e vamos criar legislação municipal que ajude a compensar esse custo”, adiantou.

Reconhecimento ao setor

A gestão articula a extinção da cobrança de outorga onerosa de empreendimentos construídos com madeira e melhorando os índices de aproveitamento do terreno em projetos dessa natureza. Equipamentos públicos serão construídos nesse modelo. “Nós queremos estimular maior escala e mostrar conforto e qualidade da construção em madeira”, disse o prefeito. Meira também comentou a importância do projeto O Futuro da Minha Cidade, iniciativa da CBIC inspirada em modelo criado por ele em Maringá, que hoje está implantado em 33 cidades brasileiras.

A CBIC também recebeu o deputado federal Luiz Hiloshi Nishimori (PSD-PR), reforçando sua interlocução com o poder Legislativo. “Temos demandas do setor no campo de legislação”, afirmou Renato Correia, presidente da entidade, sinalizando temas estratégicos para o setor com interface com o Congresso Nacional, como prazos longos na aprovação de projetos e a pulverização de normas em milhares de códigos de obra em todo o país. O setor da construção tem demonstrado preocupação com a falta de uniformização de normas e a insegurança jurídica imposta à atividade do setor nas cidades.

“O PIB do Brasil está aqui presente. Parabéns à CBIC pela união e fortalecimento do setor”, disse o parlamentar, destacando a importância da construção para o desenvolvimento econômico e social de Maringá. “Nós devemos muito à construção, vocês colaboram no desenvolvimento e crescimento do Brasil de eu estarei sempre à disposição do setor”, pontuou.

Durante a reunião, o presidente executivo da entidade, Fernando Guedes Ferreira Filho, informou a adoção de iniciativas gerenciais para aperfeiçoar a organização das comissões técnicas da CBIC e acelerar a troca de boas práticas de gestão entre as entidades associadas.

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