Dentre as tradicionais fabricantes de caminhões instaladas no País, a Mercedes-Benz do Brasil registra desempenho atípico. Conforme dados da Anfavea, enquanto os emplacamentos totais do mercado até novembro registraram queda de 8,7%, a fabricante de São Bernardo do Campo (SP) anotou crescimento de 10,7%, com 25.589 unidades vendidas no período.
O volume negociado não foi o maior, ficou atrás da líder Volkswagen Caminhões e Ônibus que, com 27.400 caminhões emplacados, registrou queda de 5,4% de janeiro a novembro.
Com exceção das vendas da caminhões leves, faixa na qual acumulou retração de 16,6% ao entregar 4.638 modelos, a Mercedes-Benz apresentou altas em todas as outras categorias. Nos médios cresceu 180,7%, para 3.206 unidades, nas vendas de semipesados expansão de 15,2% (8.933) e nos pesados 1,6% (8.752).
A marca também apresentou queda de 26,5% (1.653) dentre semileves. Porém, se trata de negócios da Mercedes-Benz Cars & Vans, hoje empresa independente responsável pela oferta da família Sprinter.
Cabe mencionar que o segmento de pesados, o mais representativo do mercado de caminhões, com participação de 44% nas vendas totais (103.633), é o que enfrenta a maior queda nos emplacamentos, de 20% no acumulado de janeiro a novembro com 45.472 unidades.
É justamente a maior baixa nas vendas de pesados, que travam os desempenhos de fabricantes que atuam somente no mercado de caminhões acima de 16 toneladas. Casos Scania, DAF e Volvo, com quedas de 30,3% (12.075), 20,9% (6.922) e 11,8% (18.286), respectivamente.