Mitsubishi desenvolve kit para retrofite de máquinas-ferramenta, como centros de torneamento e centros de usinagem

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O retrofit industrial, processo de atualização tecnológica de máquinas e equipamentos, vem se consolidando como uma alternativa estratégica, para driblar os altos custos de aquisição e os longos prazos de entrega de máquinas novas. O processo de renovação se apresenta como uma solução capaz de unir baixo investimento, agilidade e modernização tecnológica.

O retrofite consiste na atualização eletroeletrônica de equipamentos considerados obsoletos, especialmente em sistemas CNC. Com essa prática, torna-se possível incorporar tecnologias da Indústria 4.0, ampliar a conectividade, reduzir paradas não programadas e aumentar significativamente a confiabilidade operacional.

“Modernizar não é apenas substituir o antigo pelo novo é atualizar para produzir mais e melhor. O retrofite é, acima de tudo, uma escolha estratégica de quem quer permanecer competitivo”, afirma Eduardo Miller, especialista em Engenharia de Aplicação da Mitsubishi Electric Brasil.

O investimento nessa área representa, em média, entre 30% e 50% do valor de uma máquina nova, proporcionando retorno financeiro rápido e direto. Além disso, a modernização amplia a vida útil dos equipamentos e assegura a disponibilidade de peças de reposição por longos períodos, fatores que reforçam sua atratividade no ambiente industrial.

Com o objetivo de simplificar o processo de modernização e potencializar a produtividade, a Mitsubishi desenvolveu o kit retrofite MEBkit 1. O sistema foi projetado para atender diferentes modelos de máquinas-ferramenta, com entrega imediata e configuração abrangente, eliminando a necessidade de opcionais de software.

O MEBkit 1 pode ser aplicado em centros de torneamento e centros de usinagem, inclui moldes, matrizes e programação conversacional, controlando até 11 eixos (quatro simultâneos) e dois spindles, permitindo a utilização de até dois canais para centros de usinagem e quatro para centros de torneamento, além de ser compatível com a maioria das máquinas de pequeno e médio porte. Outro diferencial é sua preparação para integração com robôs, atendendo plenamente aos princípios da automação inteligente.

Mais do que uma atualização, o retrofite representa uma verdadeira evolução tecnológica. Enquanto o upgrade, ou atualização, consiste em aprimorar funcionalidades de hardware e software já existentes, e a reforma busca restaurar a máquina à sua condição original, o que promove uma transformação completa, substituindo componentes obsoletos e incorporando novas capacidades operacionais.

Essa abordagem é especialmente valiosa em situações de baixa disponibilidade de máquinas, paradas frequentes e limitações de conectividade, permitindo a incorporação de ferramentas digitais e de análise de dados, essenciais para a competitividade na era da Indústria 4.0.

“O retrofit vem se consolidando como um dos pilares da modernização das fábricas brasileiras. A prática possibilita a atualização de linhas de produção sem grandes investimentos, reduzindo paradas, otimizando o espaço fabril e aumentando a eficiência energética”, comenta Miller.

Entre os benefícios observados estão a redução de custos operacionais e de manutenção, a melhoria na produtividade e na flexibilidade da produção, atendendo às normas de segurança como a NR12, a integração com sistemas de monitoramento e controle remoto e o prolongamento da vida útil de equipamentos já amortizados.

Esses fatores tornam o retrofit um elemento-chave para a sustentabilidade industrial, permitindo que empresas de todos os portes se mantenham competitivas frente às exigências do mercado sem comprometer seus orçamentos.

O sucesso de um projeto de renovação, entretanto, depende de planejamento técnico detalhado e suporte especializado. Contar com centros técnicos certificados e equipes de engenharia qualificadas garante a integração perfeita entre sistemas novos e antigos, a continuidade operacional e a confiabilidade do processo produtivo. Além disso, o planejamento adequado, realizado em períodos de menor demanda, como finais de semana ou recessos industriais, reduz impactos na produção e acelera o retorno sobre o investimento.

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