MS investe em bioenergia e tecnologia para reduzir emissões de carbono no agro

Ao unir a indústria e o agronegócio, Mato Grosso do Sul pretende alcançar uma meta ousada: atingir a neutralidade de carbono antes de 2030. Para isso, o setor produtivo no estado tem investido em bioenergia e em tecnologias para agricultura e pecuária que vão desde sensores e inteligência artificial até homeopatia para rebanhos.

A Jornada Nacional de Inovação da Indústria, evento itinerante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), está percorrendo todo o país para traçar desafios, propostas e inovações de cada estado.

Na quinta-feira (30), em Goiânia, acontece o segundo encontro regional da Jornada, do Centro-Oeste, que vai reunir Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso. Para cada Unidade da Federação, a Agência de Notícias da Indústria está publicando uma matéria para contar um pouco mais sobre o ecossistema do estado. Já trouxemos um panorama sobre RS, SC, PR, GO e DF. Agora é a hora de conhecer o MS.

Homeopatia reduz a contaminação e aumenta a produtividade

A Grupo Real é um dos exemplos pioneiros de investimento em biotecnologia. Em 1986, um ano após fundar a loja de produtos veterinários, Claudio Martins Real se deparou com uma grande mortandade no rebanho, que dizimou milhares de cabeças de gado no estado. Médico veterinário, ele começou as pesquisas que resultaram nos primeiros produtos de homeopatia bovina no país.

Hoje, além dos produtos homeopáticos para animais que reduz o estresse, racionaliza o uso de medicamentos químicos e aumenta a produtividade, o Grupo tem uma marca de nutrição animal e de homeopatia para pets e exporta para o Paraguai, a Bolívia e a Guatemala.

Em três fazendas, a homeopatia possibilitou a redução de 359 litros de produtos químicos por ano, que deixaram de contaminar o solo e o lençol freático; e em uma única propriedade houve a redução de mais de 12 mil injeções intramamárias por ano, garantindo leite de melhor qualidade, com zero resíduos, no caso do gado leiteiro.

Agroindústria 4.0

Para se ter uma ideia da influência do agro no surgimento de novos negócios no estado, a Damine, startup incubada na Pantanal Incubadora Mista de Empresas (Pime), trabalha com tecnologias avançadas, como inteligência artificial, visão computacional e conceitos da indústria 4.0. Um de seus produtos utiliza visão computacional para analisar o marmoreio da carne, isto é, a gordura entremeada na carne, medindo não apenas a quantidade de massa útil, mas também critérios de sabor e maciez, comparando com padrões internacionais.

É claro que o conhecimento que a startup detém não fica restrito ao agronegócio. Outras duas soluções desenvolvidas pela Damine são de medicina diagnóstica e monitoramento e gestão de dados – o que mostra que uma tecnologia pode ser aplicada em diferentes setores.

Já a Pantabio, também uma startup, faz controle biológico para as culturas de soja, milho e milheto com o fungo Trichoderma. Saiba mais:

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