Durante a COP30, em Belém, a fabricante automotiva GWM apresentou o Explorer H1, o primeiro barco da América Latina movido por tecnologia de hidrogênio verde. O projeto resulta da colaboração entre a GWM Hydrogen (subsidiária da GWM FTXT), Grupo Náutica, JAQ e Itaipu Parquetec.
A embarcação está atracada no Cais do Porto, em Belém, como parte das atividades da COP30.
Todo o sistema a bordo — iluminação, climatização, cozinha e entretenimento — é alimentado exclusivamente por células a combustível de hidrogênio, gerando somente água como subproduto.
O Brasil foi o primeiro país fora da China a sediar essa iniciativa da GWM Hydrogen FTXT, marcando o país como polo de novas energias.
O projeto prevê futuras fases: ainda em 2026 o H1 ganhará propulsão híbrida com hidrogênio; em 2027 será lançado o “Explorer H2”, com produção própria de H₂ a bordo, tornando-se autossuficiente.
Com o Explorer H1, a GWM pretende não apenas mostrar tecnologia de ponta, mas impulsionar a narrativa de economia sustentável e de inovação aplicada à realidade amazônica.
O barco a hidrogênio verde atua de um lado reafirma o compromisso com a mobilidade limpa; de outro, aponta para funções concretas em regiões fluviais, ribeirinhas ou remotas, onde a energia limpa e a logística sustentável podem transformar realidades.
Impacto para a Amazônia
A estreia do barco se insere no debate da COP30 sobre descarbonização, mobilidade limpa e inovação tecnológica. Para uma região como a Amazônia, marcada por desafios logísticos, ambientais e energéticos, a tecnologia a hidrogênio abre caminho para alternativas de transporte e geração de eletricidade com baixo impacto de carbono. A presença do Explorer H1 no Pará também evidencia como o Estado poderá assumir papel de protagonista em experimentos de energia limpa e infraestrutura sustentável.
Por que isso importa?
Tecnologia pioneira: A utilização de células a combustível de hidrogênio em navegação comercial ainda é rara; o modelo apresentado mostra o potencial do hidrogênio para além dos veículos terrestres.
Relevância geográfica: Levar essa tecnologia à Amazônia traz visibilidade à região como laboratório de inovação, e não apenas como palco de debates.
Simbologia climática: A iniciativa conecta diretamente com os objetivos da COP30 — mitigar emissões, fomentar transição energética e fortalecer a bioeconomia — com um exemplo prático em território brasileiro.