A ainda minguada participação de menos de 3% dos veículos elétricos no mercado brasileiro crescerá paulatinamente nos proximos dez anos.
Pelo menos é isso que aponta estudo da consultoria McKinsey & Company divulgado durante o C-Move, Congresso da Mobilidade Verde e Veículos Elétricos, que está sendo realizado em São Paulo até amanhã, 2.
Segundo projeções da consultoria, daqui exatamente uma década, em 2035, modelos movidos integralmente a bateria responderão por 30% do mercado interno. Dentre os motivos para esse salto, estão crescimento da infraestrutura de recarga, baterias mais eficientes e baratas e mudanças no perfil de consumo da população.
Os cálculos levam em conta base de levantamentos internacionais e locais, incluindo os programas Battery Insights, Consumer Mobility Survey e o modelo de análise de custo total de propriedade (Total Cost of Ownership). A partir deles, por exemplo, a McKinsey estima também que os custos de baterias de lítio caírão até 20% nos próximos dez anos.
Daniele Nadalin, sócio associado da McKinsey e responsável pelo Centro da Mobilidade Futura da consultoria na América Latina, enfatiza interesse crescente dos brasileiros por veículos eletrificados.
“As barreiras à eletrificação estão caindo. Há um ambiente favorável, tanto do ponto de vista regulatório quanto tecnológico, e uma abertura maior do consumidor”, afirma o executivo, que cita que 44% dos consumiudores pretendem adquirir um veículo híbrido ou elétrico no futuro próximo.
O C-MOVE está sendo realizado no São Paulo Expo junto com o E-MOB– Salão da Mobilidade Verde & Cidades Inteligentes, onde são exibidos veículos, equipamentos, tecnologias e serviços voltados para para a mobilidade sustentável.