Petrobras diz que contribuirá com mapa do caminho para transição, mas investimentos robustos em renováveis ficam para depois de 2035

A Petrobras afirma que irá contribuir com o “mapa do caminho” nacional para além dos combustíveis fósseis, iniciativa encomendada pelo presidente Lula a quatro ministérios para orientar a transição energética do país, após a realização a Conferência das Partes, a COP30, em Belém. Em entrevista à Folha, a presidente da estatal, Magda Chambriard, disse que a empresa está “alinhadacom o governo federal” e que trabalha com a meta de atingir emissões líquidas zero até 2050.

Segundo Magda, investimentos de maior peso em fontes renováveis só devem ocorrer a partir de 2035. No curto e médio prazo, a prioridade da companhia seguirá concentrada em combustíveis, incluindo alternativas de menor teor de carbono.

Para os próximos 10 anos, a presidente afirmou que o foco será em etanol, diesel coprocessado, combustível sustentável de aviação (SAF) e bunker com parcela renovável. Ela também disse que mais de um terço dos recursos de pesquisa e desenvolvimento do centro de pesquisas da Petrobras será destinado a projetos em energia solar, eólica e hidrogênio, embora tenha classificado essas iniciativas como “ainda caras”.

A executiva destacou ainda o interesse da estatal em tecnologias de captura e armazenamento de carbono, que vêm sendo defendidas pela indústria de petróleo como forma de reduzir emissões associadas à exploração de combustíveis fósseis. Essas soluções, porém, seguem com alto custo, incertezas técnicas e sem escala comprovada.

A fala de Magda ocorre em um cenário de críticas à estratégia climática da Petrobras. No Plano de Negócios 2026–2030, a empresa reduziu em 20% os recursos previstos para transição energética, mantendo o petróleo e o gás como eixo central de sua atuação. A presidente indicou que essa mudança ainda levará “tempo pela frente”.

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