Preços das placas de aço brasileiras continuam em alta com forte demanda externa

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O mercado exportador de placas de aço do Brasil segue em trajetória de alta, sustentado por uma combinação de oferta restrita e demanda consistente, especialmente por parte dos Estados Unidos. Na semana encerrada em 28 de novembro, os preços do produto nos principais portos brasileiros atingiram uma faixa entre US$ 475 e US$ 490 por tonelada FOB, representando um leve avanço em relação ao intervalo da semana anterior, que ficou entre US$ 475 e US$ 485.

O aumento, ainda que moderado, reflete um cenário de estoques cada vez mais enxutos nas usinas brasileiras. Segundo fontes do setor, a disponibilidade de material para exportação já é bastante limitada, o que vem levando produtores a reajustarem seus valores de forma gradual, mas contínua. “Temos pouquíssimo material restante, então ajustamos nossos preços novamente”, informou uma fonte ligada à produção.

Boa parte desse movimento está diretamente relacionada à forte dependência do mercado norte-americano em relação às placas brasileiras, utilizadas como matéria-prima para a produção de aço laminado nos Estados Unidos. Operadores do mercado destacam que o comportamento do preço do aço laminado a quente (HRC) no mercado americano é um fator determinante para as próximas etapas da precificação das placas brasileiras.

Embora o feriado de Ação de Graças nos EUA costume afetar o ritmo dos negócios, fontes consultadas indicam que, desta vez, a data não teve impacto relevante sobre as negociações. Pelo contrário: alguns produtores já relatam estar próximos de esgotar toda a disponibilidade para embarques previstos para fevereiro do próximo ano, com novas ofertas sendo direcionadas para entregas em fevereiro e março.

Apesar do cenário, há certa cautela entre os agentes do mercado. Analistas avaliam que, embora ainda exista espaço para pequenos reajustes, os preços tendem a encontrar um teto em breve, já que níveis muito acima dos atuais poderiam comprometer o apetite dos compradores. “Há uma tentativa de empurrar os preços um pouco mais para cima, mas não há muito espaço para grandes variações neste momento”, avaliou um operador.

Mesmo assim, o sentimento predominante entre alguns produtores é de otimismo moderado em relação aos próximos anos. A expectativa é de que a carteira de pedidos se fortaleça gradualmente em 2025, com perspectivas ainda mais positivas para 2026, desde que o ritmo da indústria americana se mantenha firme e que não ocorram distorções significativas no comércio global de aço.

O Brasil, nesse contexto, reafirma sua posição estratégica como um dos principais fornecedores globais de placas de aço, ganhando protagonismo em um mercado cada vez mais sensível ao equilíbrio entre oferta, demanda e preço.

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