O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, disse, nesta terça-feira (28), que a companhia não tem avaliado fusões e aquisições neste momento. Questionado sobre a possibilidade de uma contraproposta no negócio entre a Anglo American e a Teck Resources, o executivo disse que o assunto não está na pauta da companhia.
“Nosso grande diferencial hoje é o desenvolvimento dos nossos próprios corpos minerários”, disse Pimenta a jornalistas, depois de participar da Exposibram, congresso promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).
“Temos um ‘endowment’ (conjunto) minerário, principalmente em Carajás, que nos permite crescer de forma orgânica, por meio do desenvolvimento de projetos. Esse é o foco da companhia.”
A Anglo American firmou, em setembro, um acordo de fusão com a Teck Resources, do Canadá, que vai criar um gigante de mineração de cobre, avaliado em US$ 50 bilhões. A Anglo American, listada na Bolsa de Valores de Londres, vai controlar 62,4% do grupo resultante da fusão. Os acionistas da Teck controlarão o restante do capital.
Sobre a Bamin: “Sempre olhando as oportunidades”
Sobre a possibilidade de comprar outra produtora de cobre, Pimenta reforçou que a companhia não tem buscado fusões e aquisições.
Apesar disso, o presidente da Vale não descartou a possibilidade de fazer negócio com a Bamin. Sobre o tema, Pimenta disse que a Vale está “sempre olhando todos os projetos de desenvolvimento no Brasil, principalmente de minério de ferro”. Ele completou: “Temos outras prioridades do ponto de vista de alocação de capital, mas estamos sempre olhando as oportunidades.”