
O Banco do Brasil anunciou, em dezembro de 2025, o lançamento de um novo fundo de investimento (FIP) de private equity para captar até R$ 400 milhões destinados a projetos de mineração estratégica no Brasil.
O BB Ore Régia Minerais Críticos aposta na produção de insumos essenciais à transição energética, a partir da exploração de lítio, elementos de terras raras (ETRs), nióbio e cobalto, com estratégia de private equity, quando uma gestora entra como sócia minoritária das mineradoras e participa ativamente da gestão dos empreendimentos de capital.
A captação das intenções de investimentos se iniciou em 1° de dezembro e inclui projetos em fase de estudo geológico, licenciamento ambiental e preparo técnico. Podem participar do fundo investidores qualificados pela CVM, o que engloba instituições financeiras, gestores profissionais e pessoas físicas com montante acima de R$ 1 milhão aplicados no mercado financeiro.
A cota inicial do fundo é de R$ 1.000, com investimento mínimo de R$ 50 mil no FIC-FIP, modalidade de investimentos em foorma de participações que permite aplicar recursos em cotas de fundos diferentes.
A estratégia é investir em projetos de exploração de minerais estratégicos e críticos para cadeias de tecnologia e transição energética no Brasil. Entre 25% e 50% do fundo deve ser aplicado nesses minerais críticos, enquanto 10% a 25% deve focar em potássio e fosfato, usados na produção de fertilizantes; e outros 10% a 25% podem ser alocados em minerais básicos, como o cobre e o níquel, usados na construção civil e em redes elétricas.
O objetivo do fundo é entregar um retorno de IPCA + 25% ao ano, investindo em projetos de mineração em fases iniciais de desenvolvimento, com estimativa de retornos a longo prazo e previsão de duração de 10 anos, além de um período de quatro anos de lock-up, quando as cotas não poderão ser negociadas na bolsa de valores.
A plataforma formada pela BB Asset, a gestora de fundos do Banco do Brasil, é a Régia Capital, composta também pela JGP, que foca em investimentos sustentáveis.
A gestão da plataforma é dividida, ainda, com a Ore Investments, a primeira gestora independente dedicada exclusivamente a empreendimentos mineradores no Brasil, o segundo país em reservas de ETRs no mundo (atrás apenas da China) e líder mundial em reservas de nióbio (com até 98% do estoque global e mais de 95% da produção total).