A mineradora e refinaria de óleo e gás Paraná Xisto (PX), em São Mateus do Sul, vendida pela Petrobras em 2022 para a canadense Forbes & Manhattan (F&M) Resources deve voltar a ter pelo menos parte do capital brasileiro após a formação da joint venture entre a paranaense Nimofast e a também canadense Questerre Energy, que passarão a ter cada uma 50% da atual PX Energy.
A operação anunciada nesta segunda-feira, avaliada entre US$ 130 milhões e US$ 140 milhões, será paga majoritariamente com a assunção de dívidas. “Foi uma operação asset light, com zero de cash out, mas que nos garante 50% dos direitos e obrigações sobre o ativo”, explica o CFO da Nimofast, Wellington Bravo.
Segundo Bravo, a planta tem potencial de mineração de até 300 anos na região e será alvo de investimentos sucessivos de cerca de US$ 60 milhões para modernização e expansão. “Nosso plano é dobrar a produção em até dois anos e meio, com aumento da capacidade de tanques e armazenamento, chegando a 40 milhões de litros. Cada ciclo de investimento amplia a escala e gera novos produtos segregados”, disse o executivo.
Para o fundador e CEO da Nimofast, Ramon Reis, a aquisição coroa um movimento de anos de observação do ativo “Sempre acompanhamos a possibilidade de participar. Quando a refinaria foi vendida em 2022, já conhecíamos, mas não entramos. Nos aproximamos dos antigos acionistas e vimos a oportunidade de desenvolver o ativo. É uma posição estratégica no Paraná, com produtos que podem nos transformar em produtores relevantes no Brasil.”