A Ascenz Marorka apresentou para players da indústria marítima brasileira soluções digitais para embarcações inteligentes, com tecnologias específicas desenvolvidas para a navegação mercante e o segmento offshore. A empresa francesa, que tem parceria com a Macnor Marine no Brasil há cerca de um ano, aposta em sistemas que ajudam operadores a identificar ineficiências e reduzir o consumo de combustível e as emissões.
O seminário, promovido pelas duas empresas na última semana, no Rio de Janeiro (RJ), contou com a presença de representantes de empresas como Petrobras, Transpetro, Cenpes, Shell, Total Energies, Brava energia, Vale, além de estaleiros e armadores. No evento, o CEO da Ascenz Marorka, Aziz Bamik, disse que as empresas desse setor precisam de soluções eficientes para enfrentar uma jornada global de desafios regulatórios e de cibersegurança.
A colaboração com a empresa brasileira ampliou a presença local e o suporte técnico da Ascenz no país. O diretor da Macnor, Pedro Guimarães, destacou à Portos e Navios que a equipe passou por treinamentos intensivos sobre todo o portfólio de produtos e que, juntas, as empresas já concluíram com sucesso a primeira aplicação para o grupo CBO.
As soluções dedicadas à economia de combustível e diminuição de emissões de gases incluem o sistema de monitoramento de combustível (EFMS), que fornece dados em tempo real sobre o consumo, além do controle avançado de performance da embarcação e a otimização de viagem por “weather routing”, que ajuda no planejamento das rotas com informações do clima.
Para a Macnor, o Brasil é um dos mercados offshore mais dinâmicos do mundo, impulsionado pela rápida expansão dos campos de pré-sal nas bacias de Santos e Campos. Guimarães destacou que, em 2025, a produção nacional se aproxima dos 5 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo cerca de 80% provenientes do pré-sal — um salto expressivo em relação a menos de 1 milhão em 2000. “O país se consolidou como um polo global em implantação de FPSOs, engenharia submarina e logística offshore”, afirmou.
O diretor da Macnor ressaltou que, com a Petrobras e parceiros internacionais lançando novos projetos em águas profundas, o setor offshore brasileiro vem impulsionando a demanda por embarcações, serviços marítimos e infraestrutura de energia, abrindo caminho para uma década de crescimento sustentado e oportunidades de investimento. “Paralelamente, o setor marítimo e offshore passa por uma transformação digital voltada a aumentar a eficiência, reduzir emissões e promover operações mais sustentáveis”, observa Guimarães.