A Thyssenkrupp TKA prevê um prejuízo líquido de até 800 milhões de euros em 2026, devido às provisões para reestruturação de sua unidade siderúrgica, que a companhia tenta vender para a indiana Jindal Steel International.
O conglomerado alemão está em negociações com a Jindal que podem resultar em uma oferta firme pela Thyssenkrupp Steel Europe (TKSE) após a conclusão da due diligence.
“Naturalmente, sempre partimos do princípio de que as negociações com a Jindal serão bem-sucedidas, porque é simplesmente uma combinação perfeita. E, caso contrário, sempre temos um Plano B na manga, que comunicaremos no momento oportuno”, disse Miguel Lopez, presidente-executivo da Thyssenkrupp.
Há anos que a Thyssenkrupp tenta se desfazer da TKSE, a maior siderúrgica da Alemanha, mas os esforços fracassaram principalmente devido a passivos previdenciários de 2,5 bilhões de euros associados à empresa. A TKSE tem um valor contábil atual de 2,4 bilhões de euros.
PERDAS ELEVADAS
A Thyssenkrupp afirmou que a TKSE causou perdas de 600 milhões de euros no último ano fiscal devido à exposição à forte concorrência asiática, às tarifas norte-americanas e a uma economia europeia geralmente fraca, uma tendência que afetou a maioria das unidades da Thyssenkrupp.
Observando um ambiente de mercado desafiador, a Thyssenkrupp afirmou que o fluxo de caixa livre antes de fusões e aquisições – um indicador acompanhado de perto pelos investidores para determinar a capacidade do grupo de gerar lucro – ficará negativo entre 300 milhões e 600 milhões de euros em 2026.
Este valor compara-se aos 363 milhões de euros em 2025, o terceiro ano consecutivo de fluxo de caixa livre positivo.
O lucro operacional ajustado previsto para 2026 é de 500 milhões a 900 milhões de euros, abaixo da previsão de 918 milhões de euros em uma pesquisa fornecida pela empresa.
A Thyssenkrupp, que recentemente desmembrou uma participação minoritária de sua divisão de navios de guerra, a TKMS TTKMS e pretende vender participações em todos os seus negócios, propôs manter o dividendo inalterado em 0,15 euros por ação para 2025, em comparação com 2024.