TI Automotive fecha acordo de PLR e indenização em caso de demissão

Após sinais de possível fechamento da sua fábrica de São José dos Campos, SP, a TI Automotive deixou claro sua intenção de manter as operações locais ao assinar acordo coletivo com os trabalhadores da fábrica do interior paulista, que na véspera iniciado greve.

O acordo coletivo foi aprovado em assembleia realizada nesta quinta-feira, 23, e culminou no término da paralisação de um dia. A empresa vai conceder indenização de até R$ 124 mil em caso de demissões no próximo ano e pagar PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de R$ 10,8 mil.

Também ficou acertada para 2026 a concessão de reajuste salarial pelo INPC + 1,5% de aumento real, além de vale-alimentação de R$ 501,00.

A TI produz sistemas de condução e armazenamento de fluidos automotivos, como tubulações de freio e ar-condicionado, bombas de combustível e componentes de alta engenharia para a indústria automotiva.

“A direção da TI afirmou ontem à noite que não pretende fechar a fábrica de São José dos Campos, mas que há um excedente de 56 funcionários para o ano de 2026”, informou o Sindicato dos Metalúrgicos de SJC em comunicado sobre a assembleia publicado no seu site.

No caso de haver demissão em 2026, será concedida indenização social no valor de R$ 100 mil, acrescida de 24 meses de plano médico ou, alternativamente, indenização substitutiva de R$ 24 mil. A partir dos exercícios subsequentes, os valores serão corrigidos anualmente pelo INPC e também serão beneficiados os trabalhadores que vierem a se aposentar no ano que vem.

O acordo aplica-se exclusivamente aos empregados horistas ativos na folha de pagamento da empresa na data de sua assinatura, ficando expressamente estabelecido que novas contratações realizadas após essa data não serão contempladas com os benefícios e condições aqui previstas.

“A permanência da fábrica em São José dos Campos é um fato bastante positivo, e a indenização social é uma segurança mínima para aqueles que vierem a ser desligados. Só conseguimos esse valor graças à mobilização”, afirma o diretor do sindicato Emerson de Lima.

O secretário-geral da entidade, Renato Almeida, chama a atenção para o preocupante processo de desindustrialização da região e do País:

“A desindustrialização leva à perda de empregos, à redução da massa salarial e afeta a economia. Os governos não podem se omitir diante desse processo, que afeta diretamente os trabalhadores. Apesar da negativa da empresa sobre o fechamento, o Sindicato permanecerá cobrando investimentos e novos projetos para a preservação de postos de trabalho na unidade”.

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