Transnordestina recebe aval do Ibama, mas início das operações ainda não tem data definida

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O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou a licença para o funcionamento da Transnordestina, na noite desta quinta-feira (11).

A data da primeira viagem de cargas a ser realizada na ferrovia, no entanto,ainda não tem data definida. As informações foram confirmadas pela Transnordestina Logística S.A (TLSA), empresa responsável pela construção e operação da linha férrea.

Prevista para ocorrer no dia 24 de outubro, a primeira viagem da Transnordestina foi cancelada um dia antes.

Segundo o Ibama, pendências técnicas e documentais impossibilitaram a emissão da Licença de Operação (LO) licença.

A primeira viagem será entre as cidades de Bela Vista, no Piauí, e Iguatu, no Ceará. A ferrovia vai operar em modelo de testes, em escala reduzida e transportando menos cargas do que a capacidade anunciada pela TLSA.

1ª VIAGEM SERÁ DEFINIDA COM GOVERNO FEDERAL

Procurada após a liberação do Ibama, a TLSA informou não conseguir confirmar a data para o início da operação.

A empresa disse a licença que possibilita o início da operação comissionada entre Bela Vista do PI e Iguatu (CE) foi emitida, mas com condicionantes.

Contudo, afirmou, a TSLA está apta a realizar os primeiros transportes de cargas neste trecho.

“A data de início será programada junto com o Governo Federal”, afirmou em nota.

Nesta semana, o diretor-presidente da TLSA,Tufi Daher Filho, chegou a afirmar que a primeira viagem realizada na ferrovia seria adiada para 2026, devido ao impasse com o Ibama.

A declaração foi feita durante evento da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp), em Pecém, Região Metropolitana de Fortaleza.

ENTENDA O IMPASSE COM O IBAMA

Em 9 de outubro, o início das operações para a etapa de transporte comissionado (em fase de testes) foi autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A decisão é referente a 679 quilômetros (km) da ferrovia, entre São Miguel do Fidalgo (PI) e Acopiara (CE), trecho já concluído do percurso.

No entanto, o trecho utilizado para a primeira viagem na Transnordestina seria menor: entre Bela Vista (PI) e Iguatu (CE), cortando ainda a porção oeste de Pernambuco.

Agora, após análise da documentação pendente enviada em novembro pela TLSA, o Ibama autorizou o início da operação da Transnordestina.

QUAL O STATUS DA OBRA?

Dos 1.206 km de trilhos totais, 56,3% está completamente concluído, estando apto para operação em fase de comissionamento. Os 43,7% restantes ou estão com diferentes estágios de execução, ou ainda não foram contratados.

Atualmente, a fase 1 do projeto apresenta 78% de avanço físico, o que inclui:

676 km concluídos (linha principal);

280 km em obras em 6 lotes;

Lotes 4 e 5 com execução de superestrutura (trilhos, dormentes e brita) em 108 km;

Lotes 6,7,8 e 11 com obras de infraestrutura em 178 km.

Hoje, já são mais de 4 mil trabalhadores diretos envolvidos nas obras, segundo a TLSA.

De acordo com a empresa, a Fase 1 será finalizada até 2027, possibilitando a conexão com o Porto do Pecém. Enquanto isso, a Fase 2, com extensão de 151 km no estado do Piauí, terá as obras reiniciadas no primeiro semestre de 2026 e conclusão prevista para 2028.

SOBRE A TRANSNORDESTINA

Com 1.206 km de extensão planejados, a construção da ferrovia começou em 2006, ainda durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente.

A expectativa é que as obras sejam finalizadas até 2029, com a ferrovia interligando o município de Eliseu Martins (PI) ao Porto do Pecém, no Ceará. O investimento total para a finalização do projeto é de R$ 15 bilhões.

Quando concluída, a Transnordestina, que irá transportar grãos, fertilizantes, cimento, combustíveis, minério e outros itens para 53 municípios nordestinos, poderá substituir quase 400 caminhões de cargas, com capacidade para transportar 33 milhões de toneladas por ano.

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