Usiminas sinaliza que preço do aço para montadoras deve permanecer inalterado em 2026

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As negociações da Usiminas com montadoras que têm contratos a renovar em janeiro de 2026 devem resultar em estabilidade nos preços do açofornecido pela companhia. A sinalização foi dada pelo vice-presidente financeiro da empresa, Thiago da Fonseca Rodrigues, nesta quinta-feira (11), durante apresentação a investidores e analistas.

Segundo o executivo, “vemos uma estabilidade de preços para montadora, o preço atual se mantém para o próximo trimestre”. Já sobre os contratos de maior volume com o setor automotivo, que vencem em abril, ele afirmou que ainda é cedo para projeções e comentou que esse período “está muito longe ainda”.

No segmento de distribuição, Rodrigues lembrou que o último reajuste ocorreu em outubro, com aumento de cerca de 4%. Ele destacou que outros ajustes “são necessários e desejáveis”, embora ainda não haja definição.

Custos em trajetória de queda

Rodrigues reiterou a expectativa de redução de custos neste trimestre em relação ao terceiro trimestre, mas evitou projetar cenários futuros. Em outubro, o executivo havia mencionado que a tendência seria apoiada pela queda no preço de matérias-primas e por ganhos de eficiência.

No terceiro trimestre, o custo do produto vendido (CPV) da divisão de siderurgia fechou em R$ 4.982 por tonelada, queda de 2,9% frente ao trimestre anterior. Um ano antes, o indicador estava em R$ 5.164.

Projeto de mineração “Compactos” pode ser decidido só em 2026

Ao comentar o projeto bilionário de mineração conhecido como “Compactos”, Rodrigues afirmou que uma definição sobre sua execução deve ocorrer apenas a partir da segunda metade de 2026, podendo também ficar para 2027.

A Usiminas, que estudava capacidade entre 10 milhões e 12 milhões de toneladas anuais, avalia agora uma implantação por fases, começando com 5 milhões de toneladas. “Estamos em momento de saber qual a melhor configuração para esse investimento”, disse o executivo.

Enquanto isso, a empresa trabalha para ampliar a vida útil da produção atual de minério, o chamado Projeto Friáveis, para além de 2031. Segundo Rodrigues, “temos compromisso de operação do Friável…Seguimos confiantes de que conseguiremos estender a vida útil”.

Entre as alternativas estudadas estão novas áreas para processamento, parcerias locais e até aquisição de direitos minerários em outras regiões.

Investimentos e dividendos seguem sob avaliação

Embora o orçamento de 2026 ainda esteja em elaboração, Rodrigues indicou que o investimento não deve superar muito os R$ 1,5 bilhão projetados para 2025. Já a decisão sobre pagamento de dividendos permanece incerta.

“O correto é manter a liquidez da companhia e entregar esse plano de investimento para os próximos anos”, afirmou, mencionando os projetos previstos para a usina de Ipatinga (MG), como recuperação de coquerias, instalação de nova moagem para injeção de carvão pulverizado e construção de um novo gasômetro — investimentos que somam R$ 3,5 bilhões entre 2026 e 2029.

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