Vargem exportou mais café e maquinários em 2025

A balança comercial da região de São João da Boa Vista registrou superavit de US$ 435,5 milhões de janeiro a setembro, de acordo com dados do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior (Derex/Fiesp). As exportações somaram US$ 564,2 milhões, representando um crescimento de 25,1% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto as importações totalizaram US$ 128,7 milhões, com queda de 9,5% no comparativo interanual.

Vargem Grande do Sul, no entanto, segue com a balança negativa, apesar de ter um aumento no volume de exportações com relação ao ano passado. De janeiro a setembro de 2025, a cidade exportou US$ 751,8 mil e importou US$ 6,5 milhões. O município mostrou aumento na participação das exportações de café e maquinários, o que significa um passo importante para reduzir o deficit comercial.

Região

Ao analisar os números da região, o Derex/Fiesp avaliou que o bom desempenho foi impulsionado pelo setor cafeeiro, que segue liderando a pauta de exportações. No topo do ranking estão café, chá, mate e especiarias (74,5%), seguido de animais vivos (5,4%) e produtos químicos inorgânicos (4%), além de máquinas e equipamentos industriais e materiais elétricos (3,3%), que consolidam a diversificação da base produtiva regional.

Nas importações, os destaques foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (30,6%), leite, laticínios e ovos de aves (21,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (13,7%). Esses produtos refletem a demanda das indústrias locais por insumos e equipamentos, mas em volume menor que o registrado no ano anterior, indicando equilíbrio na balança e redução de dependência externa.

No período analisado, os principais destinos das exportações da região foram Alemanha (24,7%), Itália (11,6%) e Estados Unidos (10,2%). Já as compras da regional tiveram como principais origens China (31,8%), Estados Unidos (19,2%) e Argentina (9,4%).

Os relatórios do Ciesp, baseados nos dados do Derex/Fiesp, mostram que a região escapou de um colapso maior devido à diversificação de mercados, o que elevou o superavit mesmo diante das tarifas impostas ao setor agrícola. Segundo o vice-diretor do Ciesp São João da Boa Vista, Adriano Alvarez, esse movimento se deve a uma “reconfiguração de rotas” e ao aumento dos investimentos em certificações internacionais, que abriram novos mercados.

Ele explica que parte dos contratos firmados antes do aumento das tarifas, em meados de agosto, ainda sustentaram o bom desempenho com os Estados Unidos em setembro. “A partir de agora teremos uma visão mais clara da nova configuração. Com o avanço das exportações para a Europa e a China, devemos observar uma redistribuição natural do nosso marketshare nos próximos meses”, observa Alvarez.

A projeção para o fechamento do ano indica superavit acima de US$ 580 milhões, caso o ritmo atual de crescimento se mantenha.

Desempenho das cidades

São José do Rio Pardo foi o município que teve o maior volume de exportações da região nesse período: US$ 231,5 milhões, um aumento de 159,6% em relação a 2024 quando a cidade exportou US$ 89,2 milhões. As importações somaram US$ 10,1 milhões, o que gerou um superavit comercial de US$ 221,4 milhões, o que representa um crescimento de 166% na comparação interanual. Café, chá, mate e especiarias foram os principais produtos exportados (97%), com forte presença nos mercados da Alemanha, Itália e Estados Unidos.

Em seguida vem Espírito Santo do Pinhal, que exportou US$ 180,6 milhões em 2025, ante US$ 176,2 milhões em 2024, com alta de 2,5%. O município teve um superavit de US$ 162,2 milhões, seguindo como um dos polos mais relevantes do setor cafeeiro na região, com café, chá, mate e especiarias representando 87% das exportações.

São João da Boa Vista registrou US$ 60,6 milhões em exportações de janeiro a setembro, uma queda de 37,5% em relação a 2024, quando as empresas exportaram US$ 97 milhões. As importações somaram US$ 13,4 milhões, resultando em superavit de US$ 47,2 milhões. Os principais produtos exportados foram no quesito café, chá, mate e especiarias (47,7%) e produtos químicos inorgânicos (36,8%).

Santa Cruz das Palmeiras ocupa a quarta posição, com US$ 30,6 milhões exportados e US$ 22,0 milhões importados, o que resultou em superavit comercial de US$ 8,5 milhões. A cidade manteve a pauta concentrada em animais vivos, enquanto suas importações se destacaram em laticínios e ovos de aves provenientes dos Estados Unidos.

Na sequência, Mococa aparece com US$ 14,3 milhões em produtos exportados e US$ 6,2 milhões de importações, registrando um superavit de US$ 8,1 milhões. Os principais produtos exportados foram café, chá, mate e especiarias (28,1%), seguidos por leite e laticínios; ovos de aves (22,3%) e preparações à base de cereais, farinhas e amidos (22,3%).

Casa Branca registrou US$ 7,1 milhões em exportações neste ano, uma queda de 6,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações somaram US$ 7,8 milhões, um aumento de 20,9%. Apesar do deficit comercial, o município apresentou crescimento sustentado nas exportações em anos anteriores e mantém potencial de recuperação, especialmente nos segmentos de borracha e produtos de floricultura.

Com um crescimento nas exportações de 79,3% frente ao mesmo período de 2024, Aguaí exportou US$ 3,2 milhões de janeiro a setembro. Já as importações tiveram uma queda de 12,8% em relação a 2024, totalizando US$ 27,4 milhões. Embora ainda apresente deficit comercial, o avanço nas exportações demonstra movimento positivo de retomada, com destaque para móveis e produtos agrícolas. As importações seguem concentradas em máquinas e instrumentos mecânicos provenientes da Argentina.

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