A Viridis Mining and Minerals garantiu a elegibilidade para receber um investimento de US$30 milhões do Fundo Nacional de Minerais Estratégicos do Brasil para apoiar o desenvolvimento de seu projeto de terras raras Colossus , sinalizando um crescente apoio financeiro para a empresa júnior australiana.
O recurso faz parte de um programa de capital gerido pela ORE Investments Ltda. e pela Régia Capital Ltda., que supervisionam um veículo brasileiro criado recentemente com o objetivo de apoiar projetos de minerais críticos em fase inicial. A Viridis estima um capex para o projeto Colossus em cerca de US$ 360 milhões.
No ano passado, a gigante mineradora brasileira Vale e o banco estatal de desenvolvimento BNDES criaram o Fundo Nacional de Minerais Estratégicos (BNMEF), com garantia estatal, e nomearam o consórcio ORE-Régia como gestor. A iniciativa visa impulsionar projetos de mineração de minerais críticos no Brasil.
A Viridis é proprietária do projeto Colossus no estado de Minas Gerais .
“O apoio da Régia e da ORE, duas gestoras de ativos brasileiras respeitadas, representa uma forte validação tanto da Viridis quanto do Projeto Colossus. A parceria entre elas proporciona acesso direto a grandes volumes de capital e conhecimento especializado do setor, enquanto o envolvimento da Régia fortalece ainda mais a capacidade da Viridis de construir relacionamentos duradouros com a comunidade e garantir uma licença social de longo prazo para suas operações”, afirmou a empresa em comunicado.
“O investimento de US$ 30 milhões proporciona à Viridis uma reserva financeira substancial até a Decisão Final de Investimento. A estrutura de investimento faseada garante uma alocação de capital disciplinada, alinhada com os principais marcos do projeto, e minimiza a diluição para os acionistas existentes”, acrescentou.
Embora o Brasil seja considerado uma fronteira para o desenvolvimento de projetos de terras raras devido ao seu grande volume de reservas, as empresas do segmento continuam enfrentando desafios na obtenção de capital.
“A obtenção de financiamento é, neste momento, o principal obstáculo, porque os projetos associados às terras raras são muito caros e os investidores locais ainda não estão tão familiarizados com os riscos envolvidos nesses projetos”, disse José Carlos Martins, membro do conselho da mineradora Cedro Mineração e fundador da consultoria Neelix, à BNamericas.
Nesse contexto, a Viridis está trabalhando para garantir financiamento adicional para o projeto. Recentemente, recebeu uma indicação positiva para um financiamento de aproximadamente US$ 100 milhões da agência de crédito à exportação canadense EDC para o seu projeto Colossus.
A empresa também está em negociações com a Bpifrance e o BNDES para viabilizar novas soluções de financiamento para o projeto.